domingo, 16 de dezembro de 2012

Terceiro domingo de advento!!!!

Terceiro domingo de advento!!!!

A Bíblia nos relata que na noite santa chegam para admirar o menino Deus os pastores do campo e os anjos do Senhor. Ambos decla...
ram a fórmula específica que acompanha este nascimento: “revelado seja o Deus nas alturas e paz na Terra aos seres humanos que têm boa vontade”.

Para conseguir que algo maior nasça dentro de nós, não precisamos de conhecimento. Só é necessário boa vontade para conseguir “paz na terra”, ou seja, confraternização e respeito entre os homens e em relação as outras criaturas vivas do planeta.

Quando o homem decide por si mesmo que vai atuar com bom senso e boa vontade, espalhando paz na terra, os seres superiores, os anjos, assintem-no, fortalecendo essa decisão. Para fazer brotar esse Eu superior é necessária , principalmente, a qualidade do coração quente, sensível , como a dos pastores que se dirigem ao estábulo para contemplar e cumprimentar a chegada do Mestre.
Mas como não basta só ter boa vontade para caminhar pelo mundo, precisamos também de sabedoria e conhecimento, para fundir ao coração sensibilizado. Senão o caminho se torna enganoso e perigoso. É a chegada, em 6 de janeiro, dos reis magos, dos homens de sabedoria, que representa essa união entre a intuição pura dos pastores e o conhecimento secular. Representa também o fim do ciclo , que se esgotou , representado pela meta dos dez mandamentos, em um novo, onde a única lei é “amem aos outros como a si mesmo”.
Quem começa a caminhar em dezembro de cada ano desta forma, vai andar o maravilhoso percurso da transformação do conhecimento e da sabedoria na capacidade de amar sempre mais, até que a paz se estabeleça na terra. Também vai poder transformar o condicionamento do dez mandamentos: - “não pode...não deve...- na capacidade de poder ser livre para realizar o que for necessário ser realizado.

Este é o caminho da digna liberdade de agir a partir da própria força, longe das amarras do condicionamento religioso e social e consciente da própria responsabilidade. Dos atos de cada um, e unicamente deles, virão as conseqüências dos erros e dos acertos na caminhada anual.

Texto de Evelyn Scheven
Do livro O Caminho Do Cristo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Advento de Natal - É tempo de arrumar a casa e organizar os pensamentos!

      Nada é por acaso e tudo acontece sempre no momento certo, precisamos atentar para o valor positivo dos eventos em nossa vida.
      Aqui em São Roque estamos firmes com nosso propósito, conseguimos através de muito esforço encontrar nossa vocação. O próximo passo é concentrar as energias para dar andamento ao projeto.
      O impulso sãoroquense de uma Escola Waldorf nasceu a vários anos com a Professora Waldorf, Bióloga, Educadora popular, Diney dos Santos. Tudo começou com um grupo de estudos em sua chácara, haviam reuniões semanais onde Giseli Santelli e Janna Giorni estudavam Pedagogia Waldorf e Antroposofia. Janna viajou para Europa, onde teve uma experiência em um Camp Hill (comunidade sem fins lucrativos, onde crianças e adolescentes com necessides especiais podem desfrutar de uma educação para sua autonomia).
     Após esse período Diney montou a Escola Waldorf Iberê, com recursos próprios. Contratou professores e começou a funcionar. Uma das professoras era Karen Barroso, estudou com Diney, fez estágios na Escola Waldorf Micael de São Paulo, funcionaram assim por 1 ano quando que, por motivos pessoais, não puderam continuar o projeto.
      O sonho nunca morreu no coração de nenhuma delas.
      Em 2012 eu, Vanesca Aparecida Marrero, tive a felicidade de conhecer  Diney que se ofereceu para ajudar com minhas aflições sobre Educação, sou professora de Geografia, formada pela USP, trabalho na rede Municipal de São Roque.
     Começamos os trabalhos em abril de 2012 e construimos um novo projeto. Fizemos algumas reuniões e, de alguma forma, reunimos os três períodos históricos desse impulso em São Roque (só está faltando a Giseli rsrsrs - olha o chamado), agregando mais pessoas e forças para sua realização.
     A empolgação, por vezes, nos faz sair de nosso rumo porém, quando queremos algo maior,  comunhão dos ideais, quando não existem interesses pessoais envolvidos, há uma conspiração do bem para que nos encontremos novamente.
    Estamos nas semanas de advento do Natal e vamos arrumar nossas casas e organizar nossos pensamentos.
 
      O PROJETO DE UMA ESCOLA WALDORF EM SÃO ROQUE SEMPRE TEVE UM IMPULSO PARA EDUCAÇÃO POPULAR!
     VAMOS FAZER UMA ESCOLA PÚBLICA COM PEDAGOGIA WALDORF EM SÃO ROQUE!
      ESSA É NOSSA MISSÃO. É ESSE NOSSO CAMINHO!
      PRECISAMOS DE MUITA ENERGIA E CONCENTRAÇÃO!
   NÃO DESVIAREMOS POR CAMINHOS QUE NÃO CONDUZEM AOS NOSSOS OBJETIVOS!
 
 

BOM ADVENTO A TODOS!
 
Vanesca Aparecida Marrero.
 
Obs.: Essa é a história do impulso Waldorf em São Roque, as pessoas citadas fazem parte do processo porém, cada um possui ideais e caminhos a seguir. O encontro aconteceu, os planos futuros pertencem a cada individualidade. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vivenciando a Tecelagem: 3º encontro de pais e Professores.

No dia 04 de novembro de 2012, ocorreu o terceiro encontro de pais e Professores da Escola Waldorf Micael de São Roque. O local da reunião foi escolhido a partir de um feliz convite de José e Helena, para apreciarmos a paz e tranquilidade da área rural de São Roque, um sitio de sua família, no bairro de Mailasque.
Começamos a reunião com uma apresentação sucinta da Pedagogia Waldorf, contemplando, de modo geral, os setênios e priorizando o 1º setênio, referente ao Jardim. A apresentação foi  responsabilidade de Ingrid.
 Após a apresentação, foram tiradas algumas dúvidas e, na sequência, a Professora Claudia Pina explicou como funcionava o dia-a-dia em um Jardim Waldorf.
Concluimos com a definição das próximas pautas e novas datas dos encontros. Divididos em duplas, pais e Professores farão a leitura de "Os primeiros anos da infância - Material de estudo dos Jardins de infância Waldorf - de Rudolf Steiner" e apresentarão suas reflexões nas próximas reuniões como parte das futuras pautas.
Novamente quero deixar um forte abraço e agradecer a dedicação dessas pessoas queridas, em especial D. Chiara e D. Cida, que trabalharam para organizar as atividades com lã, realizadas pelas crianças com a Professora Claudia.
Próxima reunião: dia 25 de novembro de 2012 - local a definir.

Nosso 2º encontro....

Hoje, dia 28 de outubro de 2012, aconteceu o segundo encontro de pais e professores interessados no Projeto Escola Waldorf Micael de São Roque.
A reunião aconteceu no sítio "Serra de São Miguel". O grupo foi acolhido por Ingrid e Igor em um ambiente aconchegante, no meio das Serras de São Roque.
Contamos com o apoio de uma Professora Waldorf, Claudia Pina que, durante a reunião, ficou responsável pelas crianças, em atividades relacionadas a Pedagogia Waldorf.
Iniciamos as conversas com a apresentação dos presentes, o que foi muito importante para evidenciar o interesse por uma educação que realmente possa contemplar o ser humano como um todo, buscando, como prioridade, a liberdade.
Discutimos o planejamento dos próximos encontros, definindo uma organização das reuniões, e foi realizada uma vivência em roda ritmica, conduzida pela Professora Claudia.
Estamos cada dia mais felizes, cada reunião é um passo a frente para conquistarmos o sonho de ter em São Roque, uma Escola Waldorf. Agradecemos a todos pela dedicação, atenção e empenho. Somente com muito trabalho alcançaremos nossos objetivos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um passo de cada vez...Construindo o alicerce.

Ontem, dia 21 de outubro de 2012, ocorreu a primeira reunião da Escola Waldorf Micael de São Roque.
Conseguir reunir pessoas desconhecidas em um domingo de manhã é difícil, ainda mais com todas as adversidades do dia: dia anterior chuvoso, mudança para o horário de verão, dificuldades do dia-a-dia, etc. E acredito ser ainda mais difícil quando o assunto é Educação.
Para a maioria das pessoas, Educação, é algo que sempre pode ser deixado para depois, porém, para esse grupo, não. Educação é algo que deve ser discutido a qualquer hora e em qualquer momento.
Nossa reunião contou com Professores, advogados, médicos, políticos, artesãos....pessoas, humanidade...
Discutimos rapidamente como surgiu a idéia, seus conceitos e sua organização.
Concluímos a reunião marcando uma nova data para o encontro: dia 28 de outubro de 2012.
Aos poucos construímos nosso alicerce que sustentará nossa estrutura.
Agradeço a todos pelo empenho, dedicação e paciência.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Despertar da Consciência da Criança de 0 a 7 anos


Podemos observar nitidamente três passos no despertar da consciência da criança de 0 a 7 anos de idade. Esse período se destaca como um desenvolvimento inconsciente, que não apela a um raciocínio intelectual para aprender as coisas da vida e é quando se aprende por imitação.
Do nascimento aos, aproximadamente, 2 anos e 4 meses ou 3 anos, a criança apresenta uma visível necessidade de movimentar-se constantemente. Os movimentos ainda são caóticos e desajeitados, não dirigidos por uma consciência racional. O aprendizado do andar e do falar, que ocorre inconscientemente, vai se encaminhando ao primeiro momento de uma auto percepção, não muito consciente, quando a criança começa a se auto denominar como "eu". (antes dessa consciência: "João quer comer"; passando a falar: "Eu quero comer"). É o momento em que a criança deve ter a oportunidade de desenvolver suas habilidades físicas e adquirir a consciência corporal. Ela irá aprender pela conquista natural de seus movimentos e a ação exemplar do adulto. Qualquer apelo por discusos será ineficiente e impróprio para o universo infantil nessa fase.

Dos 2 anos e meio até os 4 anos e oito meses ou 5 anos, depois de a criança ter chegado a se auto denominar como o "eu", ela vai acordando para a percepção do outro, do você. Com essa nova conscientização do mundo, ela irá se inserir no âmbito social. Antes a criança adaptou-se à vida no mundo físico, agora ela adapta-se ao mundo social, onde vive intensamente sentimentos alternados entre simpatias e antipatias. Ela deixa-se guiar pelas emoções e não por uma compreensão racional. Explicações e admoestações não levam a nada nessa idade. O educador irá apelar para a imitação, mas agora também pode apelar à imaginação. A criança se relaciona com o mundo como se tudo nele sentisse e percebesse as coisas como ela ( a cadeira, por exemplo, pode chorar quando cai). A criança vive numa consciência onírica, imaginativa.

Nessa fase continua a necessidade da criança ter a oportunidade de conquistar naturalmente a consciência corporal. Isso não quer dizer estimular e condicionar, mas oferecer o ambiente adequado e situações para que ela própria tenha a alegria de conquistar e adquira segurança do que aprendeu de fato. Nessa fase a criança pode perfeitamente responder a estímulos dos adultos, como a possibilidade de alfabetização precoce, mas isso, além de não interferir de forma a melhorar capacidade intelectual quando adulto, irá tirar a oportunidade de a criança desenvolver sua fantasia, despertar a alegria da conquista e aquisição da sua segurança diante do mundo, tão mais importantes para sua formação especificamente nesse tempo tão precioso da vida.

Dos 5 aos 7 anos podemos observar o surgimento de um novo comportamento. Até agora a criança aprendeu a lidar com o espaço e seus limites e então aprende a inserir-se no tempo. Ela consegue situar-se no ontem, hoje e amanhã, nos dias da semana, etc.; a criança também consegue captar a seqüência temporal dos acontecimentos. Suas brincadeiras seguem uma seqüência mais próxima da realidade, ela tem uma primeira noção de causa e efeito. A imaginação se cristaliza levemente em representações mentais das experiências vividas no mundo. Têm início os primeiros passos de um raciocínio, e só agora, em torno dos 6 anos completos, no sétimo ano de vida, é que podemos apelar a uma compreensão de idéias, de pensamentos sobre o mundo, que são colocados pelos adultos. Só agora é que a criança está pronta para ser alfabetizada sem prejudicar sua futura saúde.

Na Pedagogia Waldorf procuramos criar um ambiente adequado para a criança experimentar amplamente as possibilidades que seu processo de amadurecimento lhe proporciona. A criança deve usufruir com muita alegria a repetição de cada nova conquista no seu caminho de adaptação e conhecimento do mundo. E voltamos a frisar que a qualidade sempre tem mais valor que a quantidade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Nego submeter -me ao medo

"Nego submeter-me ao medo,
Que tira a alegria de minha liberdade,
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser directo e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação,
Que pinta sempre visões sombrias.
No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo.
Eu quero viver, não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro,
E não porque encobri meu medo.
E quando me calo, quero fazê-lo por amor,
E não por temer as consequências de minhas palavras.
Não quero acreditar em algo só por medo de acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me por medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros, pelo medo de que possam impor-me algo a mim.
Por medo de errar não quero tornar-me inactivo.
Não quero voltar para o velho, o inaceitável,


por medo de não me sentir seguro no novo.
Não quero fazer-me de importante por medo de ser ignorado.
Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim."





Rudolf Steiner

sábado, 29 de setembro de 2012

Convite Especial


Dia do Arcanjo Micael

29 de outubro
Dia do Arcanjo Micael

"Todos os homens estão interligados numa teia sem escape de mutualidade.
Entrelaçados num único tecido do destino.
...
O que quer que afete alguém diretamente, afeta a todos indiretamente.

Não posso nunca ser o que poderia ser, até você ser o que poderia ser.
E você não pode nunca ser o que poderia ser, até que eu seja o que devo ser."

Texto: Martin Luther King
Ilustração: Guilherme Fonseca
 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Rubicão.

Aos 9 ou 10 anos de idade inicia-se uma época onde a consciência da criança amplia-se, ela sai daquele mundo seguro, onde a confiança no adulto é plena e irrestrita e começa a perceber que todos têm falhas. O mundo perfeito não existe, acabou-se o mundo paradisíaco. Surge a dura realidade. É um momento de grande dor, comparado à expulsão do Paraíso. Um forte sentimento de solidão surge na alma humana. As crianças passam por um momento que na antroposofia dá-se o nome de Rubicão. O caminho sem volta, a inexorável roda do tempo girou e deve-se ir para frente, não há como retornar à infância.
Este é um momento de crise onde as crianças se recolhem um pouco. Ficam arredias, irritadiças. Acaba a fase da fantasia ilimitada. A vida emocional passa por uma metamorfose profunda. O sentir agora é objetivado, algo parecido ao que já havia ocorrido à criança aos 7 anos de idade quando isto ocorreu com o pensar.
Surge o medo do escuro, de ter alguém escondido no quarto, ou embaixo da cama. Começa a tentar livrar-se do medo com evocações mágicas: nada poderá lhe ocorrer se ela passar pelo quarto pisando somente nos ladrilhos brancos, ou qualquer outra parecida com esta.
A crítica surge contundente até mesmo para aqueles que até aquele momento tinham sido venerados, seu agudo senso de observação faz com que ela perceba as incoerências cometidas pelos adultos.
A relação com a morte ganha enorme dimensão, sendo vivenciada como um problema, a criança chega a pensar na morte das pessoas a sua volta e em alguns casos até em sua própria morte. Ela sente na verdade que algo morreu dentro dela, seja sua ingenuidade para o mundo, seja a infância que começa a se afastar. Algo morreu. Algo acabou.
A polaridade EU X MUNDO é pela primeira vez vivenciada com surpreendente força.
Pedagogicamente o olhar da criança deveria ser levado à natureza: os animais, as plantas, as pedras, ganham agora importância crescente. A veneração da criança que antes se bastava com seres humanos normais, agora só vai bastar com as ações sobrenaturais que advêm das histórias mitológicas, dos grandes feitos.
Depois desta grande crise a criança vai passar por um momento de calmaria, para lá pelos doze anos sofrer novas transformações. Cresce a diferença entre meninos e meninas que pela fase de maturação sexual mudam de corpo. As meninas sempre a frente dos meninos, ficam exuberantes. Porém muito de sua energia vital é gasta neste crescimento, trazendo uma certa indolência e até uma certa tendência a anemia.O menino por sua vez tem sua força vital potencializada,ele necessita de atividades programadas onde o físico é ativado para que ele possa colocar sua energia excedente para fora.

http://www.jperegrino.com.br/artigos/132-avidaeseusmilagres.html

Terceiro setênio.

No terceiro setênio (14 a 21 anos), o jovem entra numa relação totalmente nova com o mundo. Liberam-se as energias anímicas, ou seja, elas tornam-se independentes. No entanto, a trajetória de desenvolvimento do anímico constitui a base da vida emotiva pessoal, em que a vida se torna assunto próprio e interrogação individual sobre tudo que existe.

Uma vez liberadas as forças anímicas, desperta o pleno desenvolvimento das forças do pensar lógico, analítico e sintético. É nesse pensar e no discernir que o jovem vai buscar respostas às perguntas existenciais que surgem. É típico, nessa fase, o caráter enciclopédico, o entusiasmo pelo conhecimento e pela compreensão de fatos, a realização de experiências com perseverança e tenacidade. A esperança e o fracasso são os pólos entre os quais a vida passa a se desenrolar.

A solidão é uma intensa vivência da puberdade e é a partir dela que o jovem procura o caminho que o conduz ao próximo e a sua própria identidade. Surge daí o desejo de experienciar algo junto aos outros e sentir-se protegido pelo grupo de amigos. Ele anseia por novos pontos de apoio e quer reconhecer o mais velho como um guia numa atmosfera amistosa, pois autoridade para ele, agora, é um insulto a sua personalidade.

Pode-se considerar a puberdade como um acontecimento dramático e grandioso na vida juvenil. O amadurecimento sexual, embora seja um grande drama real, não é o mais importante, pois há outros tantos com os quais o jovem tem que lidar.

Paralelamente, ao despertar para a realidade da sexualidade, há o despertar para a realidade da Terra. Surge então a capacidade de amar profundamente, não apenas o sexo oposto, mas a humanidade como um todo. Esse é o momento em que se desenvolve no jovem um vigoroso idealismo, a busca pela verdade, a vontade de mudar o mundo e torná-lo mais fraterno. Sentindo-se co-responsável pela futura estrutura social, despertam-se-lhe os impulsos de luta, realização e atuação. Assim, o jovem prepara-se para, através de uma profissão, atuar na vida social, onde acredita ser possível realizar os ideais formados na juventude.
 

Segundo setênio.

No segundo setênio (de 7 a 14 anos), a criança passa a ter todas as suas forças dirigidas ao seu desenvolvimento anímico. Emancipando-se da vida puramente corporal, as energias infantis reaparecem metamorfoseadas em boa memória, imaginação, prazer em repetições rítmicas e freqüentemente em desejo de conhecer imagens de caráter universal capazes de estimular a fantasia.

O pensamento da criança dessa fase é nascido mais das energias do coração do que da cabeça; é um sentimento que pensa. Este pensar é, portanto, ainda muito diferente do pensar analítico e especulativo do adulto.

A grande força para aprender, nesse momento, é a capacidade de vivenciar imagens interiores intensamente. Essas imagens falam ao mundo dos sentimentos das crianças e é por intermédio delas que a criança se liga aos conteúdos apresentados.

Por volta dos nove anos, no entanto, a criança vivencia uma distância entre ela e os adultos, entre ela e o mundo e isto lhe causa insegurança. Começa então, inconscientemente, a questionar a autoridade a que antes se entregou e busca justificar sua admiração e veneração para readquirir segurança.

Por volta dos dez / doze anos, o corpo da criança começa a perder as características da infância: predomina o crescimento dos membros e o desenvolvimento do sistema muscular se torna mais importante. Inicia-se, aí, o período em que ela inclina-se à crítica e surge uma nova capacidade de raciocinar. Só agora, por volta de doze anos, a criança é capaz de compreender as relações causa-efeito, ou seja, entende e busca legitimamente as leis que regem os fenômenos. Ainda nesse período, toma suas próprias vivências como referência para compreensão deles; só mais tarde terá a capacidade de olhá-los de forma isolada, ou seja, do ponto de vista exclusivamente intelectual. Nas relações sociais, as crianças dessa fase tendem a ser camaradas e justas com os colegas, levados por sentimentos morais e honradez. Tudo nessa fase, inclusive as travessuras, têm seu encanto.

No final desse setênio, entre doze e catorze anos, começa o complexo de sintomas da puberdade. Os processos de transformação dentro do corpo do púbere perturbam a harmonia de sua vida anímica. Surge o desequilíbrio e antipatia aos valores tradicionais até então aceitos. A reflexão intensa sobre tudo o que até agora estava estabelecido causa uma grande inatividade - " preguiça"; por outro lado, todos os processos corpóreos exigem muita atividade física.
 

Primeiro setênio.

No primeiro setênio (0-7anos), a criança emprega todas as suas energias para o desenvolvimento de seu físico. Ela manifesta toda sua volição através de intensa atividade corporal.

Essa atividade, que atua na formação do físico do homem, se metamorfoseia na maior ou menor capacidade de atuar na vida adulta com liberdade no âmbito cultural-intelectual.

Nessa fase a criança tem uma grande abertura em relação ao mundo. Ela acolhe sem resistência anímica tudo o que lhe advém do ambiente em redor, entregando-se ao mundo com CONFIANÇA ilimitada. Vive num estado de ingenuidade paradisíaca, num mundo em que o bem e o mal se confundem indistintamente.

Na criança, todos os órgãos de percepção sensória estão abertos e, a partir de uma intensa atividade em seu interior, ela responde com a repetição dos estímulos vindos do ambiente exterior, a IMITAÇÃO. Essa imitação é a grande força que a criança de 1° setênio tem disponível para a aprendizagem, inclusive a do falar, do fazer, do adequado ou impróprio no comportamento humano. E é por uma imitação mais sutil que ela cria, ainda sem consciência, o fundamento para sua moralidade futura.

Nesse período a criança tem muitos amigos. Ela está aberta a contatos com outros, porém as amizades ainda são bastante superficiais, não atingindo efetivamente o outro; são muito mais destinadas a trazer o outro para o seu próprio mundo e brincar.

Durante esse 1º setênio, a relação mais importante com o mundo exterior transcorre de fora para dentro. Todavia, as experiências adquiridas ainda não são centralizadas no eu, ou seja, no centro de sua consciência.
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Deixem sua assinatura

      Olá, em pouquíssimo tempo, observando estatísticas, posso perceber que o tema é de amplo interesse. Por favor, peço que deixem seus comentários e observações. Porque estão pesquisando sobre Pedagogia Waldorf? De onde são? Precisamos ampliar o círculo de amizades e interessados no assunto, quem sabe formar um novo grupo de estudos on line?
 
      Obrigado pelas visitas.

Videos públicos

 
 
 
 
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Referências de pesquisa.

Site da Sociedade Antroposófica brasileira com uma série de textos informativos sobre antroposofia e Pedagogia Waldorf:
http://www.sab.org.br/pedag-wal/pedag.htm


Matéria do Estadão sobre a Pedagogia Waldorf:

Pedagogia Waldorf segue na contramão da educação
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,pedagogia-waldorf-segue-na-contramao,582965,0.htm

Escola Waldorf Rudolf Steiner - em São Paulo
http://www.ewrs.com.br/index.php/pedagogia-waldorf


Colégio Waldorf Micael  de São Paulo
http://www.micael.com.br/site/

Escola Waldorf Micael de Sorocaba
http://waldorfsorocaba.com.br/

Federação das escolas Waldorf no Brasil
http://www.federacaoescolaswaldorf.org.br/

Editora Antroposófica
http://www.antroposofica.com.br/

Porque a Pedagogia Waldorf?

      A primeira coisa que vem em nossa cabeça quando conhecemos algo diferente, isso em qualquer área, é:  porque aquilo ( que sempre vivi sem) seria necessário agora?
      Em relação a Pedagogia Waldorf eu faria outra pergunta: O que temos de métodos e práticas pedagógicas em nossa cidade está dando certo?
      A escola pública está praticamente falida: violência, falta de incentivo, falta de recursos. A maioria dos alunos não consegue aprender o básico proposto.
      A escola particular está perdida entre apostilas, construtivismo e consumismo ( o que será que os pais querem comprar?)
      Analisando estas respostas podemos dizer : sim, devemos e queremos conhecer um novo método que se diz eficaz na educação.
 
 
      Abertos os olhos e os corações, gostaria de apresentar aqui alguns diferenciais pedagógicos:
 
- A escola Waldorf divide as fases de desenvolvimento do ser humano em setênios (7 anos). O ritmo do aprendizado é estabelecido de acordo com os três primeiros setênios ( 0 a 7 anos; 7 a 14 e 14 a 21 anos).
- Em cada setênio o ser humano recebe o que necessita aprender nessa período.
- O ensino fundamental começa com 7 anos e o Professor da sala acompanha seus alunos até o oitavo ano.
- As disciplinas são dividas por épocas de 4 semanas. A criança vê aquele conteúdo e depois há uma pausa para que esse conhecimento possa, tranquilamente, sedimentar.
- A arte é utilizada como ferramente em todas as disciplinas, através do lúdico o ser humano consegue entender melhor o mundo que o rodeia. Aulas deTrabalhos Manuais,Música,Jardinagem,Artes ao longo de todo o currículo
- Educação Infantil com espaço e tempo para o desenvolvimento de uma infância saudável, sem procedimentos voltados para a alfabetização precoce.
- Ensino de duas línguas estrangeiras desde o primeiro ano.
- A avaliação é contínua e diversificada, e considera o aluno em seus diversos aspectos. Pretende ser tanto um retrato da situação de aprendizagem quanto um ponto de partida para desenvolvimentos posteriores.
 
      E, finalizando, de acordo com o Dr. Rudolf Steiner:
 
“A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.”

Está nascendo um sonho, a esperança se renova...

Bom dia Setembro!
 
      Ainda estamos no inverno e , especialmente nesta manhã fria de fim de estação é que o impulso de Micael se tornou mais forte em minha alma para poder concretizar mais uma etapa deste longo e gratificante trabalho.
 
     Está nascendo a Escola Waldorf Micael de São Roque, que irá disponibilizar uma proposta pedagógica  concreta e eficaz.
 
    A Pedagogia Waldorf foi elaborada pelo Filósofo  Dr. Rudolf Steiner a partir de 1019, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente uma escola para os filhos dos operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astória (daí seu nome), a pedido deles. Distinguindo-se desde o início por ideais e métodos pedagógicos até hoje revolucionários, ela cresceu continuamente, com interrupção durante a 2a. guerra mundial, e proibição no leste europeu até o fim dos regimes comunistas. Hoje conta com mais de 1.000 escolas no mundo inteiro (aí excluídos os jardins de infância Waldorf isolados).
 
      Aqui será um espaço de comunicação, divulgação, estudo e trabalhos sobre a proposta pedagógica de Rudolf Steiner. Nas próximas postagens entenderemos quais os diferenciais da Pedagogia Waldorf em relação a outras propostas.